segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Uma ideia para Verride!!

Os reformados da nossa terra, poderiam ocupar algum do seu tempo livre em actividades em prol da freguesia. Achei este exemplo magnífico e tão perto de nós.






Buarcos: Reformados fazem reparações gratuitas em escolas e espaços públicos na Figueira da Foz
08 de Fevereiro de 2010, 11:44

Um grupo de reformados de Buarcos, Figueira da Foz, faz pequenas reparações gratuitas em escolas, espaços públicos e em apoio a famílias carenciadas, um projecto de voluntariado promovido pela junta de freguesia.

Eleito presidente da junta nas últimas eleições autárquicas, José Esteves, 65 anos, antigo maquinista de embarcações de pesca longínqua, é o mentor da brigada voluntária, que ele próprio integra.

«Há uma grande vontade de colaborar com a população. Reformado não quer dizer acabado», sustenta o autarca.

Dois Franciscos, Moura e Santo Amaro, igualmente sexagenários, completam a equipa que, em dois meses de actividade, de segunda a sexta-feira, é já presença habitual nas escolas e espaços públicos de Buarcos.

Vidros partidos prontamente substituídos, reparação de quadros eléctricos, arranjo de instalações sanitárias, troca de lâmpadas ou fixação de balizas e outro equipamento desportivo, são exemplos de situações que, frisa o autarca, «dentro das possibilidades» o grupo de voluntários tenta resolver.

«É um trabalho magnífico, a título gracioso, voluntário. Têm sido realmente muito eficazes», comentou, à agência Lusa Pedro Mota Curto, director do agrupamento de escolas de Buarcos.

Francisco Moura foi pedreiro «até aos 20 anos», antes do serviço militar na Guiné, e, no regresso a casa, ingressou na celulose Celbi, onde esteve 32 anos, por entre caldeiras e maquinaria diversa e, mais tarde, numa empresa de construção civil.

Destaca as competências adquiridas ao longo da vida e não se vê, agora reformado, «a ficar parado». «Temos de ajudar quem precisa, o povo tem muitas necessidades», sublinha.

Já Francisco Santo Amaro, antigo maquinista marítimo, «uma vida no mar», advoga que outros reformados da freguesia deviam abraçar o voluntariado. «Há tanta gente que não faz nada, que anda a limpar os muros e os bancos com as calças… talvez pudessem dar uma tardezinha a isto. Um metia um prego ali, os pescadores arranjavam as redes das balizas», exemplifica.

«Aqui não há políticos. Todos juntos devíamos apoiar os nossos filhos e netos, isto é a nossa terra», acrescenta.

Francisco Moura e Francisco Santo Amaro baptizaram a equipa de «brigada do reumático», condição que o autarca José Esteves, no entanto, rejeita, com uma gargalhada: «Não são nada reumáticos, são activos, têm muita força. Assim todos os jovens lhes seguissem o exemplo».

SAPO/Lusa