quinta-feira, 16 de julho de 2009

Só não vê quem não quer...


O músico mais antigo da AFUV, bateu com a porta e saiu da banda. A despedida desde musico exemplar, deveria ser em apoteose, pelas excelentes qualidades humanas que possui, pelas decadas de esforço e suor ao serviço da AFUV e por ser uma biblioteca viva da história recente da filarmónica. Mas não, saiu, tal como outros tantos músicos, por discordar com a forma como a banda está a ser dirigida e pelas recentes decisões da direcção que só prejudicaram a filarmónica.
Realmente, só não vê quem não quer.
Para alguns dirigentes de outras bandas, a admiração e a estupefacção, são o modo como interpretam esta situação, reconhecendo o trabalho meritório do António Jesus, ao serviço da banda, nomeadamente nas comemorações do bicentenário e no último concerto pelos 201º anos.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Despedimento sem justa causa


“Feliz o presidente que tem um maestro assim”…Estas foram as palavras proferidas pelo actual presidente da Filarmónica União Verridense, no ano passado no decorrer das comemorações do bicentenário.
Sensivelmente, um ano depois tudo mudou. O maestro foi despedido sem justa causa e de forma pouco digna, o que levou a uma reacção por parte de alguns músicos. Um homem que tanto trabalhou para a banda, deveria sair pela porta grande. Aliás, tem sido assim com anteriores direcções.
A direcção pode demitir quem entender e sobre isso não há dúvidas. Mas não deve faze-lo de forma leviana, sem razões fortes que justifiquem essa decisão. Não é digno, demitir-se um maestro num dia, aplaudi-lo no outro e no final da actuação, despedi-lo. Foi este procedimento que levou alguns músicos a solicitar espontaneamente uma assembleia-geral extraordinária.
A assembleia foi esclarecedora, realmente os motivos apontados pelo presidente da direcção, alguns deles ridículos, prova que não houve efectivamente razões válidas para despedir uma pessoa que tem mostrado excelentes qualidades técnicas e humanas. Além disso não se compreende este “deita fora”, uma vez que o presidente e o maestro andavam a reestruturar a escola de música.
O “timming” para o despedimento também não foi o melhor, porque criou mal-estar entre todos, numa altura em que a banda tem compromissos contratuais. Além disso o novo maestro, neste período de férias e de serviços festivos, nada vai acrescentar ao nível técnico da banda.

Os problemas da banda são para ser resolvidos em sede própria. Este devia ser o lema da direcção, mas não. Esta “desafinação”, como refere o Diário de Coimbra, foi noticiada por aquele jornal. O presidente devia ser o primeiro a dar o exemplo, mas resolveu dar a conhecer ao público, através do jornal, problemas internos da banda, focando aspectos particulares e localizados de algumas situações.
Não satisfeito, após a assembleia, mais uma notícia no Diário de Coimbra. Felizmente expressões de “quem manda na banda é a direcção” foram substituídas por “ quem gere a banda”. O presidente ouviu os recados da assembleia.
A assembleia decorreu de uma forma quase desordeira, com muitas intervenções desadequadas, mas foi importante e esclarecedora. Após a votação a direcção tem condições para gerir a banda, no entanto abriram-se algumas feridas que levarão tempo a sarar e saíram alguns músicos. Felizmente alguns dos que manifestaram intenção de sair, voltaram, revelando desta forma um sentimento forte com a associação.
A Filarmónica União Verridense deu um tombo, sem necessidade, saíram alguns músicos gerou-se um mal-estar entre outros, entre sócios e simpatizantes e abriram-se novas feridas, tudo isto aparentemente sem nenhuma razão. Ainda é cedo para concluir se a serenidade se instalou na banda, mas faço votos para que tal aconteça o mais breve possível. Alguns músicos e alunos da escola de música choraram, após a sua saída do maestro.
Ao ex-maestro, na foto, quero manifestar o meu orgulho como verridense, sócio e simpatizante da Associação Filarmónica União Verridense, pelo trabalho desenvolvido, quer na banda, quer na escola de música.