quinta-feira, 9 de julho de 2009
Despedimento sem justa causa
“Feliz o presidente que tem um maestro assim”…Estas foram as palavras proferidas pelo actual presidente da Filarmónica União Verridense, no ano passado no decorrer das comemorações do bicentenário.
Sensivelmente, um ano depois tudo mudou. O maestro foi despedido sem justa causa e de forma pouco digna, o que levou a uma reacção por parte de alguns músicos. Um homem que tanto trabalhou para a banda, deveria sair pela porta grande. Aliás, tem sido assim com anteriores direcções.
A direcção pode demitir quem entender e sobre isso não há dúvidas. Mas não deve faze-lo de forma leviana, sem razões fortes que justifiquem essa decisão. Não é digno, demitir-se um maestro num dia, aplaudi-lo no outro e no final da actuação, despedi-lo. Foi este procedimento que levou alguns músicos a solicitar espontaneamente uma assembleia-geral extraordinária.
A assembleia foi esclarecedora, realmente os motivos apontados pelo presidente da direcção, alguns deles ridículos, prova que não houve efectivamente razões válidas para despedir uma pessoa que tem mostrado excelentes qualidades técnicas e humanas. Além disso não se compreende este “deita fora”, uma vez que o presidente e o maestro andavam a reestruturar a escola de música.
O “timming” para o despedimento também não foi o melhor, porque criou mal-estar entre todos, numa altura em que a banda tem compromissos contratuais. Além disso o novo maestro, neste período de férias e de serviços festivos, nada vai acrescentar ao nível técnico da banda.
Os problemas da banda são para ser resolvidos em sede própria. Este devia ser o lema da direcção, mas não. Esta “desafinação”, como refere o Diário de Coimbra, foi noticiada por aquele jornal. O presidente devia ser o primeiro a dar o exemplo, mas resolveu dar a conhecer ao público, através do jornal, problemas internos da banda, focando aspectos particulares e localizados de algumas situações.
Não satisfeito, após a assembleia, mais uma notícia no Diário de Coimbra. Felizmente expressões de “quem manda na banda é a direcção” foram substituídas por “ quem gere a banda”. O presidente ouviu os recados da assembleia.
A assembleia decorreu de uma forma quase desordeira, com muitas intervenções desadequadas, mas foi importante e esclarecedora. Após a votação a direcção tem condições para gerir a banda, no entanto abriram-se algumas feridas que levarão tempo a sarar e saíram alguns músicos. Felizmente alguns dos que manifestaram intenção de sair, voltaram, revelando desta forma um sentimento forte com a associação.
A Filarmónica União Verridense deu um tombo, sem necessidade, saíram alguns músicos gerou-se um mal-estar entre outros, entre sócios e simpatizantes e abriram-se novas feridas, tudo isto aparentemente sem nenhuma razão. Ainda é cedo para concluir se a serenidade se instalou na banda, mas faço votos para que tal aconteça o mais breve possível. Alguns músicos e alunos da escola de música choraram, após a sua saída do maestro.
Ao ex-maestro, na foto, quero manifestar o meu orgulho como verridense, sócio e simpatizante da Associação Filarmónica União Verridense, pelo trabalho desenvolvido, quer na banda, quer na escola de música.
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12 comentários:
Além deste episódio triste que tem como autores os corpos sociais, há ainda a lamentar uma assembleia geral que nem numa "república das bananas" se chegaria a concretizar. Pessoas mal educadas, pessoas a votar 2 vezes e com os
2 braços levantados. Tristeza...
feliz a terra de verride ke tem uns verridenses como estes.... ke vergonha
viva o garcia
Realmente é incrivel como as pessoas se esqueceram do bom trabalho desempenhado pelo Maestro António Jesus, principalmente o presidente, concerteza deve-lhe ter dado um colapso na memória. Pena é, que a avózinha - AFUV é que sofre com este episódio.
É realmente uma vergonha.
daqui a uns tempos veremos se sofreu. esperemos para ver o trabalho do novo maestro... que poderá ser pior ou melhor. so mais tarde se saberá.
Para o último anónimo: não se trata aqui de melhor ou pior trabalho do novo maestro que é apenas mais um contratado.
O que se discute aqui e o que toda a gente discute é como se trata um "ser humano" como um "animal". É falta de tacto, experiência e de interacção com seres humanos...
pode-se entao concluir que todos os meses centenas de pessoas são tratadas como animais, quando são sujeitas aos caprichos do capitalismo e são despedidas de empregos de uma vida sem justa causa. É disso que se trata? Afinal essas pessoas também são apenas contratados.
Sejamos sérios.
Penso que está tudo dito quando está a comparar uma associação com o cariz da AFUV ao capitalismo. Tem razão, há pessoas lá dentro capazes de tudo para se manterem e para treparem para os lugares dos outros... Capazes de serem verdadeiros camaleões nas atitudes que tomam, capazes de montar armadilhas por um lugar. Deviam ter vergonha e desaparecerem. Sejamos sérios.
Li e reli o penúltimo comentário e não consegui encontrar nenhuma comparação entre a afuv e o capitalismo.
O comentário do último anónimo é de quem não sabe ler a realidade das coisas. É o comentário de um analfabeto do quotidiano: ler e não entender. Alguém está a fazer relações com o capitalismo? O ilustre está-se a fazer do que realmente é: um toino... Mas como o ilustre há muitos que por aqui passam.
Vocês são todos é uns “sanguinários”…tentam a todo custo ter algo para pôr as pessoas de quem não gostam a baixo, colocando os valores pessoais a frente dos valores associativos. Primeiro é um grupo de músicos a querer destituir uma direcção. Mas onde é que isso já se viu!!?? Não se esqueçam que a direcção tem valor equiparado ao dos músicos, tal como eles são pessoas que dão o melhor de si por amor a camisola, pessoas da terra, pessoas amigas, famílias amigas, pessoas das quais já prestam serviço a AFUV há mais tempo que a maioria dos músicos. E onde é que esta o reconhecimento deles?? Se calhar eles é que deram demasiada atenção e reconhecimento aos músicos quando estes lhe iam fazer criticas do maestros António Jesus, e do facto deste deixar gerar certos e determinados comportamentos nesta banda que veio gerar instabilidade dentro do corpo musical e não só, do seu trabalho etc... o que aconteceu é que são todos uns hipócritas que pelas costas dão facadas e pela frente dão palmadas nas costas. E na hora da verdade arredou tudo o cú a seringa. E ainda por cima tem o descaramento de se acharem todos ofendidos e de gerarem uma onda de rebelião dentro de uma instituição como é a AFUV, inclusivamente comunicando á imprensa com a informação que bem lhes convinham, o que vale é que ainda existe pessoas competentes para confirmarem as informações, foi sorte, se fosse no 24 horas já passava. Mas depois as outras pessoas é que ainda são acusadas de chamarem a comunicação social. Esses sim são uma vergonha. Será que fizeram isto por amor a instituição?? Que tentaram destituir uma direcção por amor a AFUV? Que abandonam esta por não terem o mesmo maestro. que achincalham tudo e todos os que compõem esta instituição das mais variadíssimas formas e maneiras. espero que todos os que tiverm este tipo de comportamento compareça á próxima assembleia com uma lista candidata á direcção, e ai caso ganhem terão plenos direitos para poderem fazer o que acham tão correcto, até então o poder de gerir a associação esta na actual direcção. Portanto se gostam tanto quanto dizem da AFUV parem de achincalhar o seu nome permitindo a esta ter paz para fazer um bom trabalho para presentear os verridenses. Só mais uma nota, vejo aqui outros posts de coisas que me parecem realmente importantes, como festas, aniversario da banda e o que acho curioso é estes não estarem comentados. Logo estes que glorificam a nossa instituição, será então tão importante a associação ou as politiquices desnecessárias que constroem em torno dela! Chega! Parem! Deixem viver a AFUV! VIVA A AFUV!!!!!!!!!
Ola. é a primeira vez que comento este blog e gostaria de localizar o senhor que acha que transtorna alguem nalguns pontos se mo é permitido fazer:
1º - Vocês são todos é uns “sanguinários” -- sanguinário (u-i)
adj.adj.
1. Que se compraz em derramar sangue.
2. Fig. Feroz, cruel. hã? quem é que fez derrmar alguma coisa nesta instituição? quem é qaue acenxdeu o rastilho de toda esta polémica? eu não fui.
2º - "tentam a todo custo ter algo para pôr as pessoas de quem não gostam a baixo, colocando os valores pessoais a frente dos valores associativos" -- alguém que GERE nao MANDA na associação é que por nao gostar pessoalmente de um óptimo ténico de música o pôs a baixo e o mandou embora de uma forma baixa e não descritivel de tão fraca atitude que foi. É lamentável não se saber distinguir vida pessoal da vida profissional
3.º - "pessoas das quais já prestam serviço a AFUV há mais tempo que a maioria dos músicos" -- o músico mais antigo da filármonica já passou por muita direcção e está lá a mais tempo do que qualquer director prestando um serviço de dedicação insdescritivel e de amor á camisola incansavel. porque será que saiu agora? há muitos ex-directores que antes destes trabalharam muito para aquela instituição, também durante muito tempo e esses? o trabalho deles não está agora a ser denegrido ou posto em causa? só os directores de agora é que são dignos de estar em cima de um andor???
4º - "E onde é que esta o reconhecimento deles??" -- e onde é que está o reconhecimento dos músicos? nos 5 euros??? que muitos oferecem de bom grado a instituição?
5.º - "são todos uns hipócritas que pelas costas dão facadas e pela frente dão palmadas nas costas" -- a sério? quem é que começou por dar palmadas nas costas e afacalhar por trás? quem fez um teatro, uma panelinha para manda o anterior maestro embora? quem andou a bater palmas a prestação deste a saber que o ia por na rua a seguir???
6º - "Mas depois as outras pessoas é que ainda são acusadas de chamarem a comunicação social." -- algum músico falou com a comunicação social? eu acho que não. nós somos seres substituiveis e despresíveis demais para sermos contactados pela imprensa.
7.º - "Que abandonam esta por não terem o mesmo maestro." -- penso que todo o corpo musical tem noção que os maestros vão mudando ao longo do tempo...nao foi isso que os chocou segundo sei foi a atitude, a forma como abandonaram, expulsaram, escurraçaram um maestro como nunca se viu. O que faz alguns elementos sairem penso que é o facto de ao se reverem e não se sentirem bem face as condutas da gerência actual desta instituição. Continuam mesmo assim a serem hipocritas? ou estao a agir de verdade com os seus principios e valores de bom senso?
8º - "o poder de gerir a associação esta na actual direcção. " -- muito bem até que enfim que vejo o erro corrigido. GERIR e não MANDAR! mandem lá em vossas casas.
9.º - "se gostam tanto quanto dizem da AFUV parem de achincalhar o seu nome permitindo a esta ter paz para fazer um bom trabalho para presentear os verridenses" -- achincalhar o nome da afuv? não foi o corpo musical que teve a atitude grave que esta a achincalhar o nosso bom nome ou foi?
10.º - "VIVA A AFUV" -- finalmente concordo. viva a afuv (esperando que esta nao esteja a ser privatizada) e os meus votos de que tudo isto fique mesmo SANADO e depois nao volte á baila para ser desculpa de alguma coisa/acontecimento, e que a banda some cada vez mais sucessos.
Um raro verridense sincero...
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